quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Amigos


A Importância de termos amigos

Você vai gritar na montanha russa e não terá ninguém para gritar com vocêAs coisas são boas, os lugares são bons, os passeios são agradáveis, porque tem pessoas conosco. O bom não é o lugar, mas a companhia. O que você acha de visitar um parque de diversões sozinho? Você vai gritar na montanha russa e não terá ninguém para gritar com você. Você vai rir no trem fantasma e não terá outro riso junto ao seu. Você vai se emocionar algumas vezes e não terá uma companhia para se emocionar com você. Isto é insuportável. Almejamos o céu. Queremos ir para o céu, porque Jesus está lá. O céu só é bom por causa de Jesus. Sem Ele não tem graça alguma. Até mesmo Jesus nos alertou para a necessidade de fazer amigos:

“E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos” (Lc 16:9).
Jesus nos chama de amigos: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” (Jo 15:15). Ele se relacionou com seus discípulos como amigo e ainda hoje nos considera assim. Se o filho de Deus almejou ter amigos, se relacionar com as pessoas sob esta forma, quanto mais nós. “…mas há amigo mais chegado do que irmão”.Jesus era um com o Pai e ainda quis fazer amigos. Abraão foi chamado “amigo de Deus” e Tiago nos diz que a amizade com o mundo é inimiga de Deus. João nos alerta dizendo que aquele que diz que está na luz e aborrece seu irmão, não está na luz, mas nas trevas. “Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1 Jo 2:10,11).Consegui enxergar essa nossa necessidade humana de amigos, quando, num momento de solidão, comecei a gostar da companhia de um geco* (calango-lagartixa). É fácil reconhecê-lo. O rabo dele está cortado e fica bem diferente dos outros. Pelo jeito, ele também deve estar se sentindo muito sozinho, pois vem todos os dias à mesma hora, quando eu estou meditando na Palavra de Deus e se aquieta perto de mim para tomar sol. Demorei muito para perceber que ele queria ter uma amizade comigo. Quando mudei meu lugar de oração ele também mudou seu lugar de tomar sol, e se aquietou perto de mim novamente. Passei a conversar com ele e me assustei quando percebi que estava gostando da presença do calango e sentia falta quando ele não vinha. “A natureza geme esperando a redenção”. Os animais e toda a natureza querem se relacionar conosco de alguma forma. Os animais têm uma linguagem com a qual tentam se fazer entender e também procuram ansiosamente compreender a nossa. Vivi uma experiência interessante com um passarinho que fica na gaiola na minha área de serviço. Ele começou a piar de uma maneira agitada, assustada e diferente. Corri até a gaiola e percebi que ele tentava me avisar que o tanque de água estava transbordando. Ele já me vira vir apressada socorrer o tanque em situações similares, por isso estava tão agitado. A minha cadelinha Dolly entende bem o português. Basta eu falar com ela naturalmente como falo com qualquer pessoa, que ela me entende. Eu digo “vem”, e ela vem. Eu digo “vai” e ela vai, “volta” e ela volta. “Hoje você não vai” e ela sai com o rabinho entre as pernas. Relatei aqui essas coisas para ratificar a nossa necessidade de amigos; ainda que seja um geco, um passarinho ou um cachorro. Somos seres sociais. Deus nos fez assim. Precisamos dos amigos, mais do que podemos imaginar. Portanto, conservemo-los, lutemos por eles, amemo-los assim como Jesus fez conosco. E que não seja necessário tomarmos para nossos amigos especiais os gecos, os pássaros e os cachorros. Que possamos dar graças a Deus pelos nossos amigos que falam a nossa língua, nos entendem, nos amam e podem chorar conosco nos momentos difíceis. “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão” (Pv 17:17).


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